sábado, 15 de dezembro de 2007

Cuidado com a gripe!

Peguei uma gripe horrorosa. Já tem 3 semanas e nada de querer sair de dentro de mim. O pior é que estou consciente de que dei espaço nesse corpo cansado.
Sem poder parar nesse apressado final de ano tenho atendido aos meus compromissos.
Com esse friozinho não vejo a hora de voltar para o meu lar doce lar e comer uma comida bem quentinha. Ainda bem que não perdi o apetite!
E eu que adoro ver o WBS-World Business Satelite, nem isso me mantém acordada.
Vou para o workshop. Logo mais você vai a foto.
Cuide-se com a gripe!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Workshop Diário do Futuro


Dia 15 de dezembro - das 13h as 16h30
Praça Brasil (mesmo prédio do Consulado-Geral do Brasil em Nagoya)
Você tem um compromisso comigo!!!
Ligue para confirmar sua presença, por favor: 070-5445-5342

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O Natal esta chegando!


Essa foto foi tirada na semana passada. Isso que ainda dezembro nem chegou! Mal acabou o halloween já temos decorações de Natal por toda parte ainda que o japonês não tenha espírito cristão. É puramente comercial. Mas, para nós ocidentais, imagens como essa enchem o nosso coração.
Pra falar a verdade, nem curti direito essa iluminação maravilhosa de mais de cem mil lâmpadas. Vi rapidamente, tirei a foto correndo e fui atender ao compromisso.
Não só na estação de Nagoya mas as principais avenidas estão com as árvores e vitrines cheias de lâmpadas. E, com o frio que chegou hoje, anunciando que o inverno já bateu a nossa porta, essas luzes dão uma esquentadinha, um calorzinho gostoso.
Por outro lado, me dá uma saudade do Brasil, ou melhor, dos natais que passei lá. Saudade da família, dos amigos, dos colegas de trabalho, do clima de Natal, das comidinhas gostosas e dos presentes que estaria comprando.
Enquanto o Brasil ainda não está ao meu alcance vou curtindo essas iluminações daqui!
E, você, como se sente as vésperas do Natal?

sábado, 10 de novembro de 2007

Revoltada com os japoneses!

Hoje estive num simpósio sobre o processo multicultural em Suzuka-Mie. Os 4 painelistas se empenharam em passar suas experiências e idéias. Um deles, da Mitsui Bussan, falou da amizade de 70 anos com o Brasil e das consequências (e resposnabilidade) de efetuar doações para iniciativas como escola para brasileiros ou NPOs.
Uma painelista contou de sua experiência em relação a educação de seu filho quando morou no Canadá e comparou tudo com o Japão. Reacionária, disse que como alguns países da Europa o Japão não deve cometer o mesmo erro em relação ao trabalhadores imigrantes. Disse que o Japão precisa selecionar quem vai colocar aqui pra dentro. Finalizou dizendo que melhor do que uma mão-de-obra cujo perfil educacional não satisfaz o país é conveniente que se substitua por robôs.
Depois falou uma brasileira contando de sua experiência em alugar apartamento, das regras locais e suas sugestões para melhorar a convivência entre estrangeiros e japoneses, como contratar intérepretes em português nos guichês de aluguel de imóveis pela prefeitura ou governo.
Por último falou um deputado da direita sobre os vários pontos de vista que existem em relação ao nikkei brasileiro. Político é igual, seja no Brasil ou no Japão. É pura vaselina.
Aí um infeliz dum senhor de 50 a 60 anos se manifestou dizendo que vem aguentando os brasileiros por terem sangue japonês nas veias, mas não querem se tornar japoneses. Como o tempo estava esgotado, a discussão parou por ai. Mas eu não me aguentei e fui falar ccom ele pra tentar explicar alguns pontos importantes como as empreiteiras e o fato de os japoneses que moram no Brasil nunca terem aprendido o português. O cara foi tão ignorante que começou a falar em voz alta e disse que se não virássemos japoneses não tinha conversa. Que era melhor todos irmos embora deste país.
Que decepcionante!!!!
Ainda existem caquéticos como esse infeliz.
Por isso o Japão ainda não consegue se relacionar com os estrangeiros, muito menos recebê-los. Mal sabe esse infeliz que somos trabalhadores convidados aqui.
Mas estou vendo que a mão-de-obra brasuca é produto descartável.
Estou magoada com este país.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Cidade do feng shui



Em chinês feng shui pronuncia-se fonsue e lá em Cingapura é o que mais me chamou a atenção. O feng shui é visível por toda parte. A bem da verdade é que por Cingapura ser uma ilha rica em rios o ambiente é propício pois a água contribui para a prosperidade. Deixo bem claro que não a água parada ou suja. A água em fontes, rio corrente, mar, onsen, cascatas, cataratas são excelentes. Eu que sou apenas uma iniciante no feng shui o percebi por toda parte: na construção da cidade, dos edifícios que querem engolir o céu, nos templos chineses, nos restaurantes e casas chinesas. Isso se deve ao fato de mais de 70% da população ser chinesa. E ela deve ser considerada a cidade mais limpa do mundo. Porque para ter prosperidade a limpeza é essencial. Isso se aplica em casa, em especial nos banheiros e na cozinha.
Bem, só indo a Cingapura e ver com seus próprios olhos!
Percebe-se um clima de harmonia naquela cidade. Os antigos usaram de toda a sua sabedoria do feng shui para colaborar com o progresso e a harmonia do local.
Fantástico!

Velorio em Cingapura


Íamos passando por uma avenida quando vi um carro todo enfeitado e perguntei do que se tratava.
A guia respondeu que essa é uma tradição chinesa de velar quem se foi por 3 a 5 dias na rua. E de forma alegre.
Pensei com os meus botões: os chineses devem estar certos. Quem parte vai para o plano espiritual, talvez num oásis. Quem parte deve seguir o seu caminho em paz e com pessoas agradecendo pela convivência breve, alegria pelos bons momentos juntos e saudade sem dor.
Então, "comemorar" a morte pode ser algo muito interessante, sim.
Mais um aprendizado pois uma coisa é ouvir falar e outra é ver.
Infelizmente a imagem está ruim pois a fiz com o ônibus em movimento, pelo vidro e as pressas. Me perdoe pela falta de qualidade. Estou usando só para ilustrar, OK?

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O paraiso chama-se Cingapura



Estive em Cingapura pela primeira vez. Nunca imaginei que fosse gostar tanto de lá. Até agora, de todos os lugares que já visitei ela se tornou a minha preferida.
Vou usar este espaço para contar, aos poucos, por que fiquei encantada por Cingapura.
Me aguarde!
Enquanto isso, um abraço caloroso e boa semana!
P.S. Criei uma página na internet sobre Cingapura. Se tiver um tempinho, dê uma olhada e depois me conte o que achou, por favor. http://web.mac.com/annashudo/iWeb/Cingapura/Welcome.html

sexta-feira, 26 de outubro de 2007


Ronaldo Mytumore, diretor-representante do Bradesco para a Ásia, deixa o Japão neste final de mês.
O profissional com 23 anos de carreira no Bradesco, dos 7 dedicados ao Japão e em especial a comunidade, volta para se casar e assumir um posto na ala internacional em São Paulo.
A sua figura humilde, simples e carismática logo conquistou muitos amigos e vai deixar saudades. Tanto pelo profissional quanto pelo lado pessoal.
A comunidade brasileira tem hoje o Bradesco atuando dentro do mega banco MUFG por causa de sua atuação.
A ele o nosso muito obrigado!
E, votos de parabéns pelo casamente por que a eleita é uma mulher inteligente, dinâmica e bonita! Não poderia ser diferente.
Que a sua carreira contiune tendo muitos degraus para cima e que seja muito feliz de volta a sua terra!!!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Carlos Ghosn mais uma vez supreendeu!!!

O novo GT-R tirou a máscara preta e mostrou sua cara no melhor estilo na conceituadísssima Tokyo Motor Show hoje a tarde.
O que mais me surpreendeu, e vindo de Carlos Ghosn não deveria ser surpreendente, foi a estratégia de marketing usada para promover o novo GT-R.
Sem teasers na mídia impressa ou televisiva, a Nissan apostou nos futuros usuários desse carro esportivo que é a cara, a tradição da Nissan. Colocou modelos estrangeiros nas ruas de Harajuku, todos mascarados. É claro que chamaram a atenção do bairro que cria a moda, que inova. Quando os jovens se concentravam para ver os modelos uma cegonha parava logo atrás deles carregada de GT-R ainda com máscara preta como os modelos.
Isso foi um delírio para os jovens.
Paralelamente o GT-R incorporado aos games corria de máscara preta.
Hoje, as 14h00, exatamente na mesma hora em Ghosn entra no palco da Nissan dirigindo o novo GT-R, os games puderam ver um cetim vermelho escorregando de um jeito muito sexy e energético. Aí, os jogadores de game puderam ver a cara do carro bem como os visitantes da Tokyo Motor Show.
Simplesmente sensacional!!!
Se você ainda não viu a cara do GT-R clique abaixo:
http://www2.nissan.co.jp/GT-R/R35/0710/index.html
A nova cara do GT-R é show! A performance também! E além disso tudo é o único carro esportivo ecológico e econômico - faz mais de 8 Km/l.

Jantar baiano


Eu tenho um lugar que adoro ir. É um restaurante chamado Salvador, que fica em Mizuho-Ku, Nagoya. Os donos são baiano (chef de cuisine Herculano) e japonesa (Saeko). A comida é simplesmente divina! É gastronômica. É arte. É beleza. Tudo lá é preparado com conhecimento de causa, aliada a sensibilidade do autor e com um toque sofisticado num ambiente descontraído. Depois que você saborear daquelas delícias todas vai querer voltar sempre!
Tudo é muito gostoso mas meus pratos prediletos lá são: entrada de amendoim (você vai dizer "amendoim?", mas prove porque é especial), caruru, moqueca de peixe, picanha com molho de café e sobremesa de cupuaçu com molho de wasabi. Ainda tem um sorvete de açaí muuuiiito bom! Tudo é divino mesmo! Não vou nem contar. Vá lá e prove!!!!
Da última vez levei uma bronquinha de leve porque fui sem reservar mesa e a casa estava lotada. Então, reserve!!!!
O casal é muito simpático e a casa é aconchegante. Me sinto tão feliz quando como bem, em especial, quando estou bem acompanhada como nesse dia.
Vale a pena!!!
Vá lá e me conte se gostou!
Telefone: 052−833−9633
Nagoya-Shi Mizuho-Ku Hassho Doori 3-20, perto da saída de metrô Mizuho Undojo
名古屋市瑞穂区八勝通3−20

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Blog para melhorar as relaçoes entre japoneses e brasileiros

Hoje dei início a um blog aqui no blogger para tentar servir de uma das pontes entre os japoneses e brasileiros.
Chama-se "tonari no gaijin" (o vizinho estrangeiro).
Escolhi este título para que o japonês que tem um vizinho estrangeiro possa se interessar pelo assunto.
Quero contar como cheguei, o que senti e sinto, quais são as diferenças culturais, de senso e de boas maneiras dos dois povos.
Assim, se puder contribuir para derrubar essa grande parede vou ficar feliz.
Vou ficar mais feliz se puder colaborar para ajudar a construir uma sociedade multicultural de paz e amor.
Espero que você possa contribuir para esta iniciativa enviando sugestões.
Se tiver um amigo japonês pode indicar esse blog, por favor?
http://tonarinogaijin.blogspot.com/

Um beijo no seu coração!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Ainda sobre o outono


Se tem algo que não me cansa é apreciar o céu de outono. As colorações das nuvens que variam do amarelo ao vermelho, do pink ao roxo, contrastando com o azul anil do céu são fantásticas. A cada dia ele nos mostra um quadro diferente.
E quando o outono chega eu não resisto.
Todo o final de tarde possível subo no último andar do estacionamento do prédio onde moro e adivinhe. De máquina fotográfica na mão. Eu sinto uma necessidade de registrar essas maravilhas...
Aliás, por falar em máquina, o mestre Matsuo Sato me recomendou. Se for para adquirir uma compre uma Nikon.
Eu eu fui ver as compatíveis com o meu orçamento. Andei por lojas de eletro-eletrônicos e comparei as qualificações técnicas e preços de cada uma: Nikon, Canon, Sony e Olympus.
Também vasculhei as informações na internet, tanto em inglês quanto em japonês.
Como não sou fotógrafa profissional, mas amadora, fiquei em dúvida entre a Nikon e a Olympus, depois de ter analisado cada uma delas.
Como a Olympus E-510 tem live view (o que para mim é importante), já sou usuária de uma compacta da mesma marca e por gostar das cores dela, foi eleita a câmera do ano na Europa e os comentários dos profissionais eram todos muito favoráveis acabei me rendendo. Contrariando o mestre Matsuo Sato adquiri a E-510.
E confesso.
Estou satisfeitíssima!!!
Ela é genial!
Estou em fase de curtição mexendo nas funções, experimentando, fotografando tudo o que aparece.
Por enquanto, não tenho nenhum comentário negativo a fazer.
Ao contrário. Só tenho a elogiar!!!
E, dê uma olhada no entardecer de outono que fiz com ela.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O outono chegou!

Eu adoro esse clima de outono!
Os japoneses costumam usar várias frases típicas para esta estação como "delícias de outono", "sono de outono", "outono de esportes" e etc. Sim, concordo e curto. Adoro caminhar nesta época para observar o comportamento das árvores (elas mudam de cor, perdem folhas...), degustar as delícias típicas como os cogumelos, enfeitar minha casa com as flores e dormir bem! Além disso tudo ainda acho uma estação muito fashion!
As cores de terra, laranja ou verde caem muito bem. Apesar de que este ano o must ficou para o preto, mas também é fácil de combinar cores com ele.
As botinhas e suas variações estão em alta e, para uma fã de botas que sou, estou feliz!!!
Vou aproveitar para continuar minha dieta de engorda!

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Aula de portugues para japoneses

Esta semana terminei uma série de aulas de português para funcionários públicos japoneses.
Desde março tenho dado aulas de português para japoneses onde moro - Nagoya. Tive o prazer de conhecer pessoas muito interessantes que estavam dispondo de seu tempo e dinheiro para aprender o nosso idioma. Cada um deles tinha um motivo diferente como viajar para o Brasil, interagir com a vizinhança ou professores de escolas japonesas que querem conhecer mais a nossa cultura e para isso estudam a língua. Nas duas últimas turmas especiais me surpreendi com o empenho dos alunos. Esforçados, anotam tudo e estudam em casa para poder atender os brasileiros que comparecem aos órgãos públicos onde trabalham.
Como os cursos são rápidos não dá para ensinar gramática mas sempre tenho a preocupação de passar o básico de forma que possam quebrar o gelo e abrir um canal de comunicação. Outra preocupação é mostrar as diferenças culturais, de valores, etiqueta social e do bom senso que existe entre os dois povos. O que pode ser óbvio sob o ponto de vista japonês pode não ser para nós e vice-versa. Mais do que a dificuldade do aprendizado do português num curto espaço de tempo os alunos ficam espantados com essas diferenças e quando passam a compreendê-las os conceitos sobre os trabalhadores brasileiros muda. E, felizmente, para melhor. Uma das coisas que sempre faço questão de explicar a eles é que muitos dos japoneses que imigrou para o nosso país morreu sem falar um "a" em português. Já a segunda geração aprendeu os dois idiomas porque em casa só se usava o japonês enquanto que na escola e na sociedade o português. Por que toco nesse assunto? Para ilustrar a herança que recebemos dos japoneses, apesar de não achar que isso seja uma desculpa.
Os brasileiros aqui neste arquipélago formaram comunidades tal qual no Brasil quando participavam ativamente das colônias. A maioria só fala o português, parte das crianças só fala o japonês e parte só o português. Ou seja, a história se repete. Como brasileira fico muito triste em ver esse quadro.
Toda vez que piso na sala de aula penso a mesma coisa. Será que o fato de funcionários públicos japoneses estarem aprendendo português é motivo de orgulho ou de vergonha para nós? Apesar de o Brasil ser um país de imigrantes não existe sequer placas indicativas em outros idiomas nos órgãos públicos, nas rodoviárias ou nos pontos de ônibus. Existem só nos aeroportos internacionais, hotéis que recebem hóspedes estrangeiros e em restaurantes que atendem estrangeiros. De vez em quando, dependendo da região, vimos indicações em espanhol ou inglês por causa dos visitantes em massa que se recebe nas praias do sul, por exemplo. Lá no nosso país os estrangeiros são obrigados a entrar na nossa. É claro que isso pode ser de uma forma mais light mas o Brasil, apesar de ser formado por estrangeiros, não é um país com ares internacionais. Vide o nosso atual presidente, por exemplo. Só nos faz passar vergonha quando vai para o exterior pois não consegue respeitar a cultura alheia. Há um ditado popular que diz "When in Rome do as a roman do". Traduzindo, em Roma se porte como um romano. Aqui no Japão também há um idêntico 「郷に入っては郷に従え」, ou seja, "go ni itte wa go ni shitagae", escrito por um monge na era Heian. Assim sendo, será que os funcionários públicos japoneses precisam mesmo aprender o nosso idioma? Eles poderiam estudar para ir visitar o nosso país, a trabalho ou a passeio, mas não para tentar nos atender nos guichês.
Todos que estamos aqui de passagem ou fixando residência só temos a ganhar aprendendo o idioma, consequentemente, a respeitar a cultura, conhecer os valores, a etiqueta e o bom senso para uma convivência harmoniosa. Isso não vai nos ferir e muito menos vamos perder nossa identidade. Com esse aprendizado várias portas se abrem: a primeira é a do convívio social com os japoneses e as outras podem ser de escolas, faculdades, novas possibilidades de emprego, de lazer, leitura (as bibliotecas daqui são maravilhosas!) e outras mais. E tudo isso é extensivo em outros países. Inclusive no mundo dos negócios. Pense nisso!

sábado, 29 de setembro de 2007

O que aprender com o arrozal?

Nas minhas andanças me deparei com belas plantações de arroz na província de Mie. Me rendi a beleza e parei o carro só para fotografar. Era uma linda e quente manhã de domingo, em pleno feriadão de obon. O céu estava lindo com essas nuvens grandes, fofas e brancas, típicas de céu de verão.
O arrozal me fez lembrar o ensinamento japonês sobre a humildade. Quanto mais a pessoa se desenvolve mais se curva em humildade e respeito.
Este país, realmente, nos proporciona muitos aprendizados!

Formatura e muito emocionante!

Tive o privilégio de assistir ao vivo e a cores a formatura da 8a. turma da Escola Técnica de Mecânica Automotiva da Toyota no último dia 3.

A amizade masculina, verdadeira, é pura e cristalina. É forte, intensa. Não tem a competitividade própria do sexo oposto. As mulheres também criam um vínculo forte com as amigas mas não tão intensa quanto a deles. Fiquei impressionada, comovida e emocionada com os 20 garotos que se formaram na escola técnica da Toyota.
Um clima de amizade intensa, de cumplicidade e de comprometimento com o aprendizado envolviam suas auras. Cada um deles deu tudo de si para que isso acontecesse mas duas pessoas tiveram participação fundamental: o professor Miguel Ito e o coordenador Sakai. Cada um com suas qualidades deram suporte aos garotos.
Diploma na mão é alegria mas também significa despedida.
Diploma não significa a conquista mas uma porta que se abre para o futuro, por isso, cada um deles agora tem um novo começo de vida.
A vida profissional.
E não é uma qualquer. Ela tem o peso do padrão Toyota, de profissionalismo e de conduta como ser social. Um formando Toyota sempre vai ter isso em mente: caráter, dignidade, respeito e honestidade.
Para cada um desses formandos e seus respectivos familiares os meus parabéns de coração!
Que, de fato, esse diploma lhe abram muitas portas.
Que a realização deste sonho se multiplique para outros novos.
Que sejam felizes na nova estrada!!!

Recarreguei a bateria!

A convite do Matsuo Sato, fotógrafo, fui a Yokkaichi e Suzuka fazer matéria.
Saí prontinha pra trabalhar.
Juro!
Mas olhe o destino: conheci um monte de gente bacana e mais gente bacana encontrei nas praias onde fomos fazer fotos.
Andei na areia, na água e trabalhei com prazer!
É isso que faz diferença.
Aí, um dos rapazes trancou o carro com a chave dentro dele. O Matsuo foi gentil e chamou a JAF, mas o serviço demorou um pouco e o sol começou a se por.
Adivinhe? Fiz uma foto muito linda.
Logo depois a lua cheia despontou tímida na praia e foi subindo de branca para amarela.
De repente estava dourada! E refletia seus brilhos n’água...
Só de ficar observando a lindeza, a grandiosidade me rendi aos seus encantos.
Foi mágico!
Nada acontece por acaso mesmo.
Se não acontecesse o episódio da chave teríamos vindo embora sem sentir esse encanto.
Todos ficamos extasiados e os alunos de Sato dispararam suas câmeras.
Eu, que só tenho a minha digitalzinha consegui tirar só esta foto mas voltei com o coração cheio de alegria que recebi de todos que encontrei neste maravilhoso domingo.
É isso, é preciso trabalhar com prazer!

Champagne!!!

Existe coisa mais gostosa do que brindar a champagne o momento de comemoração?
Pois é.
Assim foi a inauguração da Wizard de Suzuka-Mie no dia 6 de julho.
Parabéns Célio Nakahara, que venho acompanhando sua trajetória de lutas e conquistas!
Parabéns Márcio, sério e compenetrado no trabalho!
Parabéns Rosângela, que faz de seus sonhos realidade e crescimento!
Parabéns a toda equipe Wizard que está totalmente comprometida a oferecer o melhor para seus alunos!
Que bom para a comunidade ter uma escola como esta.

Pensando sobre a VIDA

Ontem no final da tarde estava dirigindo quando vi que havia algo no meio da rua entre as duas mãos. Ao me aproximar vi que era um gato atropelado. Meu coração doeu. Era um ser vivo que deixou de respirar por conta de um motorista apressado. Que importância tem uma vida nos nossos dias aqui no Japão?
Fiquei muito triste...
Eu que também dirijo pensei na hora: não podemos fazer do volante uma arma e sim um meio de nos transportar com conforto e segurança.
Mas hoje não quero ficar falando de assuntos que deixam o sentimento blue.
Quero compartilhar com você uma forma de ficar tranquila.
Quando estou cansada paro tudo o que estou fazendo para ficar observando algo da natureza.
Por exemplo: não fico sem flores nos vasos e vasinhos que mantenho na sala, no criado-mudo, no hall de entrada e nos banheiros. Só de ficar olhando para elas e observando os pequenos detalhes consigo ficar em paz. Quando vou ao parque fico observando as aves, os bichinhos e tudo o que é verde. A natureza não vive em paz porque sofre com o vento, sol excessivo, chuva, neve, mas ela sabe conviver com essas intempéries. E, nós, humanos, deveríamos aprender com isso.
Outra coisa é me concentrar nos músculos que mexo dentro da academia de ginástica. Além de transpirar bastante para eliminar as toxinas, ainda coloco meu corpo em dia.
Aliás, eu sempre achei que meu corpo iria acompanhar o avanço da idade sem nenhum problema. Mas, não é assim.
Depois dele ficar reclamando bastante ao ponto de sentir dores em vários pontos do corpo resolvi ir malhar! Mal comecei, por isso não é motivo de orgulho. Mas estou a-do-ran-do!!!
13/jun/2007

Companheirismo

O amor na fase adulta quer companheirismo. Ou seja, uma relação de reciprocidade, de bem-querer, de compartilhar e de comprometimento mútuo.

O dramaturgo Henrik Ibsen dizia “a felicidade é uma estação intermediária entre a carência e o excesso”. Será que ele tem razão? Acho que estou nessa fase pois mesmo pondo um fim a uma relação complicada estou bem. Acho que ele também. Me lembrei disso enquanto ficava olhando para as rochas Meoto (significa marido e mulher) localizadas em Futamiura. Elas estão sempre juntas nas tempestades, nos tufões, nos dias de lua cheia, de maré baixa, nublados ou com muito sol. Estão lá pra o que der e vier. Acabei de sair de uma relação mas não estou desiludida. Ao contrário, quero encontrar um companheiro de estrada porque acredito que pode existir vida a dois sem complicações, ou melhor, gostosa.
Continuo acreditando no amor. Não vou me atrever a defini-lo nem quantificá-lo ou qualificá-lo, como diz Paulo Freire, pois o que sei dele? Simplesmente que existe, é importante, é saudável e imprescindível para não criarmos rugas no coração.
E você acredita no amor, no companheirismo?
“Eu quero uma mulher, que seja diferente de todas que eu já tive e todas tão iguais,
que seja minha amiga, amante e confidente, a cúmplice de tudo o que eu fizer a mais, que saiba receber, que saiba ser bem-vinda...” - Juca Chaves. Ele canta para a sua amada e eu colocaria tudo no masculino para cantar para aquele homem especial. Eu gosto dessa letra porque explica em poucas palavras o que quero de uma relação.
E você, o que pensa sobre o assunto: companheirismo e amor?

Manha na Wizard

Você sabe quais são as suas missões como ser que veio a Terra? Como a pessoa que veio morar no Japão? Como o profissional que está inserido no mercado de trabalho? Você se sente comprometido consigo mesmo?

Gente, eu preciso compartilhar com vocês a experiência maravilhosa que tive com uma sessão de coaching in company na Wizard!
Isto aconteceu no dia 1o. de maio em Toyohashi. Fui convidada pelo diretor-presidente da organização, Célio, que felizmente também é meu amigo pessoal.
Estive lá para definir a visão, missões e metas da organização com todas as pessoas envolvidas com ela e que também são professores na instituição.
O que achei bacana demais é que todos, em voz uníssona, sabem exatamente quais são a visão, metas e missões da instituição na qual trabalham e qual é o papel deles como cidadãos.
Foi uma manhã de interação, de alegrias e de conquista de mais aprendizado, pois encontrei uma equipe comprometida com as missões e metas e com a excelência do resultado! Feliz do aluno que for estudar lá! Parabéns a todos!!!!
Deixo aqui minha GRATIDÃO para todos!

E, aproveito para perguntar a você que está lendo o meu blog: Você sabe quais são suas missões no Planeta, no Japão, no Brasil, na sua casa, no seu trabalho, nos seus relacionamentos?
Você sabe quais são suas metas? Sabe o que precisa fazer para conquistá-las?

Se ficou em dúvida, se não sabe responder ou se quer encontrá-las, entre em contato comigo. Tenho certeza que durante as sessões de coach você encontrará essas respostas.

(15/mai/2007)

Xô síndrome do Simas&Maiséque!

Teve uma fase na minha vida que eu só vivia o hoje, sem sonhos, sem metas, sem pensar no amanhã. E assim os poucos dias da minha vida foram passado pautados no trabalho para manter o meu sustento. Um dia me acordei! Epa! Tem algo errado... Assim, ficava arrumando desculpinhas pra justificar essa falta de motivação para tantos sonhos que estavam engavetados, cheios de poeira em papéis amarelados pelo tempo. Nem precisei de insight pra me despertar pois o que estava acontecendo era que eu me sabotava pra não me ver - lá dentro do meu coração. Logo eu que detestava desculpinhas, por mais bobas e ingênuas que pudessem ser.
Muito bem. Parti pra ação. Algo como “caçadora de mim” da música do Milton Nascimento.
Parei, como as águas de um lago plácido (esse da foto, por exemplo) e resolvi me olhar, ver e enxergar. Dialoguei comigo mesma. Daí vi que estava contaminada pela síndrome do Simas&Maiséque.
Você a conhece?
Pois é, eu sou autora desse nome e quando conto para os meus amigos e clientes, alguns caem na risada.
O portador dela é aquela pessoa contaminada pelas palavras, pensamentos e ações do tipo “sim, mas não deu tempo por causa disso ou daquilo...” ou “mas é que eu levei um cano e daí blá blá blá”. E eu detesto ter que ouvir isso. Por isso digo que meu ouvido não é privada nem tenho tempo prá esse tipo de banalidade. O meu tempo e meu ouvido são preciosos demais! O pior é que quem é portador dessa síndrome nem percebe que:
1. perde tempo em ficar pensando na desculpinha que vai dar enquanto poderia ser franco, sincero e transparente. Resolveria tudo em um minuto falando a verdade. Além disso, esse tempo perdido não volta mais.
2. se pensa que está tirando vantagem, está é se sacaneando. Está se sabotando! E, o pior, pode estar sacaneando alguém muito importante para si.
3. não tem noção do quanto isso incomoda os outros, colocando sua integridade e credibilidade em jogo.
4. mostra o quanto é infantil, mimadinho...

Soluções para lidar com o portador da síndrome do Simas&Maiséque:
1. Se você for uma pessoa bem próxima dela, mostre o quanto ela está se sabotando. Explique que você não está interessada numa relação baseada em desculpinhas. Diga que você até vai aceitar essa sabotagem naquele momento mas que não está disponível para isso. Se você perder o amigo é porque não era seu amigo de verdade, certo?
2. Se você não for tão próxima, não tem intimidade, mude de assunto pra ver se ela se toca. Se ainda assim continuar insistindo, seja sincero e diga: “diferente de você não tenho tempo nem energia pra ficar ouvindo desculpinhas”.

Com essas pequenas atitudes você estará colaborando para que possamos ter uma convivência verdadeira com as pessoas: amigos, familiares, conhecidos e colegas de trabalho.
Então, vamos juntos tentar exterminar a síndrome do Simas&Maiséque!

(em 5/5/07)
Mesmo com toda a correria que foi hoje, passando pelo parque que rodeia o Castelo de Nagoya, não pude resistir de dar uma breve parada com o pisca-alerta do carro ligado.
O aroma das acácias entrou pela janela do carro quando ia passando por lá e foi direto para o meu coração. Como de praxe, com a câmera dentro da bolsa, mais do que depressa passei a mão nela e fiquei clicando.
A cor lilás das acácias é simplesmente relaxante!
Não me canso de apreciar as cerejeiras, os cachos da acácia e todas as flores da primavera. Elas têm uma cor especial, cheia de vida e de energia pois nascem do nada.
Eu amo essas estações definidas do Japão.
Eu sou grata a essas flores porque com sua delicadeza e sua poesia me fazem esquecer que tenho pressa.
Elas são divinas!
Você tem tirado alguns minutos do seu dia para se relaxar?
(25/abr/2007)
Depois de passar uns dias com o corpo dolorido por causa da gripe hoje me levantei bem melhor pois consegui dormir bem, graças a uma poderosa máscara que comprei anteontem. Ela tem um bolso onde se coloca uma barra bem macia, aromatizada e úmida. Então, a respiração flui normalmente sem ressecar as narinas e a garganta por causa da gripe. Mas não é dessa máscara que quero falar.

Depois de curtir uma preguiça fui a livraria querendo comprar um livro específico. Como não está disponível porque esgotou na editora aproveitei para ver outros e sai de lá com 3 volumes, um deles da Tasha Tudor, de quem sou fã.
Passei no McDonalds, que não é meu favorito, mas me deu vontade de comer um sanduíche de frango grelhado. Desse eu gosto! Pedi em embalagem pra viagem e fui para a praça que fica em frente ao apartamento onde moro.

Eis que ouço um som de música chinesa. O meu ouvido foi me guiando e, por sorte, tinha um banco disponível para eu me sentar. Um senhor na faixa dos 60 anos estava tocando “niko”, um instrumento musical de duas cordas, típico da China. E tocava muito bem. Resultado: além de ficar sentada ao lado dele, de frente para o lago, ainda tinha meus livros e o Mac para curtir. Fiquei simplesmente sem pensar em nada deixando aquela música entrar no meu coração. Folheei algumas páginas do livro da Tasha e nem senti o tempo passar. Que sorte a minha! Passei uns momentos maravilhosos neste domingo!
Por isso, cada vez mais eu acredito que a felicidade é um hábito!
(8/abr/07)

O poderoso Orkut e minha poderosa antena

Eu recebi um contato através do Orkut, de uma grande amiga de Curitiba. Graças ao contato dela localizei mais uma amiga - ambas maravilhosas e poderosas!
Foi uma emoção!
Daí, localizei a filha de uma outra grande amiga e deixei um recado no seu orkut. Eis que no dia seguinte a mãe dela que gosto e admiro tanto me ligou!
Na minha caixa de e-mail havia um recado de uma amiga que morou em Amagasaki (Hyogo).
Com todas conversei, me emocionei e fiquei com vontade de abraçar cada uma delas.
Como é bom reencontrar velhas amigas! Mas pra isso é preciso estar com uma boa antena, tanto para emitir bons sinais quanto para receber.
Com esta experiéncia pude, mais uma vez, constatar que quando estou bem, feliz, bem resolvida, tudo flui bem!
Então, quero manter isso, de verdade!
Espero que com você aconteça o mesmo!
(em 1o./abr/07)

Encantada!

Você sabe desde quando os japoneses passaram a idolatrar as flores das cerejeiras?
Foi no pós-guerra, em 1951.
Um metereologista da época é que resolveu “implantar” esta cultura neste arquipélago!
Isto aconteceu porque os japoneses estavam down e ele teve o insight de verificar a data da florada para que pudessem se sentar sob as árvores e apreciar a beleza, a suavidade e a força das flores sakura. É claro, desde a antiguidade elas eram admiradas mas não veneradas ao ponto da imprensa ficar pré-anunciando as floradas em cada região.
Achei super bacana essa estória e quis compartilhar com você.
Eu adoro flores! E as cerejeiras têm um significado muito especial pra mim.
São flores que brotam das árvores secas, com um força, uma vitalidade, uma energia quase miraculosa! A vida delas é tão breve mas tão intensa!
Delas eu ganho energia pra começar o ano de verdade!
Hoje fui caminhar na praça pertinho de casa e não resisti: levei a minha câmera. A foto acima é apenas uma delas, porque me lambusei de tanto fotografar brotos, flores silvestres e as graminhas anunciando a chegada da primavera!!!!
Boa semana pra você!

18/mar/07

Refletindo sobre o amor...

A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.
Madre Teresa de Calcutá

Atendendo alguns clientes tenho percebido que essas pessoas querem ser amadas - seja pelos pais, pelos familiares, amigos, namorado, marido (ou esposa), filhos, etc. Porém, raramente, elas dizem que querem amar - incondicionalmente.
É certo que o amor incondicional na nossa sociedade contemporânea é difícil. Depois de ficar ouvindo “quero amar” das pessoas me questionei se eu também não me incluo nesse rol. Fiz uma busca na memória do coração e constatei que já amei sem esperar nada em troca. E isto estava adormecido dentro de mim.
Eu também quero ser amada, sim. Assumo.
Mas, antes de ser amada quero amar.
Amar todos que me cercam, em especial quem me pôs neste mundo, minhas irmãs, meus sobrinhos, meus cunhados, meus amigos... e um homem especial.
Este, que foi a minha alma gêmea já não está mais nesta esfera. Foi lindo, grandioso, incondicional.
Mas, antes de mais nada, quero me amar e me respeitar para dar e compartilhar amor com as pessoas.
E você, tem se doado para o amor?

Ladrao de flores?!

“Uma vida sem amor é como árvores sem flores e sem 
 frutos. E um amor sem beleza é como flores sem perfume. Vida, amor, 
 beleza: eis a minha trindade. (Gibran)

Recentemente as folhas da Espada de São Jorge plantadas num vaso que fica na porta do meu apartamento estavam lindas! De apenas uma raiz nasceram outras e as folhas estavam gordinhas e altas. Eis que, numa noite, ao voltar para casa boa parte das folhas estavam murchas ao ponto de não pararem em pé. Fiquei triste, mas podei as folhas murchas na esperança de recuperá-las. Não murcharam por falta ou excesso de água pois cuidava com todo carinho.
Dias depois as folhas murcharam todas, como se tivessem suas energias roubadas.
Apesar de muito triste decidi plantar outra espécie. Escolhi uma planta que cuidei com muito empenho pois na mudança quase morreu, talvez pelo ambiente diferente. Esta planta me deu flores amarelas, em cachos, lindas!!!! Achei que seria ideal para botar na porta de entrada do meu doce lar.
Hoje, fiquei CHOCADA!
Ao chegar em casa só restaram as folhas! Não havia sequer um vestígio dos cachos amarelos! Quando me aproximei do vaso vi claramente que o LADRÃO de flores quebrou os galhos. Gente, como pode alguém roubar as flores que enfeitavam a entrada?
Não faço a menor idéia de quem seja, mas moro num prédio com porta eletrônica, onde só entram as pessoas que os moradores autorizam. Que segurança é esta que temos aqui no Japão?
Fiquei pasma! Neste prédio só moram japoneses... TRISTE!
Estou triste e chocada porque cuidei tanto dessas flores de inverno...
Mas tudo bem. Não vou desistir. Vou continuar cuidando dessa plantinha porque adoro flores e plantas!
Ainda bem que tinha tirado várias fotos delas, uma delas é esta que ilustra esta página.
Espero que quem a roubou se sinta feliz!

Pura incoerencia!

Nasci e me criei no interior, com os pés descalços sobre a terra vermelha. Vivia preta, queimada de sol, com bicho de pé, subia no telhado, batia nos meninos, adorava desenhar e tudo era material para isso - papel, pedra, madeira, parede de casa, sofá, muro... Era tímida, muito tímida. Ainda sou até hoje mas poucos sabem disso porque boto uma máscara o tempo todo. Tento me superar.
Na adolescência era contra a ditadura mas morria de medo de ir presa. Era rebelde, feminista e de vanguarda. Detestava ser chamada de “japa” pois sempre me achei brasileiríssima. Mas não tinha jeito - tenho cara de japa - ahaha. Sempre detestei e detesto até hoje a postura nikkei. Me refiro a essa coisa de se fechar em colônias, da hipocrisia e da falta de identidade.
Na fase adulta (se é que já sou) queria fazer carreira. Queria ser uma executiva de sucesso. Quase fui. As emissoras de TV onde trabalhei foram uma escola. O gabinete da Assembléia Legislativa foi uma verdadeira masturbação mental. Elaborar projetos de lei foi uma experiência magnífica e realizadora. Mas fiquei de saco cheio da política brasileira quando vi que Collor seria eleito e optei por sair do meu país. Aproveitei para sair a caça de mim mesma e descobri que estava forçando a barra. Hoje quero apenas ser o que sou, continuar sonhando e viver com qualidade. Quero compartilhar o pouco que sei com pessoas que queiram crescer. Quero estar cercada de pessoas interessantes, cheias de vida e inteligentes porque quero continuar crescendo como humana. Quero continuar a apreciar o belo. Quero manter o coração sempre cheio de gratidão e em paz.
Quero uma vida Lohas. Vida simples!
Pra quem não sabe, lohas significa lifestyles of health and sustainability.

Lindo sonho!

Acordei com quatro palavras na minha mente: 衣 (i=vestimenta, roupa), 食 (shoku=comida, alimentação), 住 (ju=moradia) e 美 (bi=beleza, belo). Ou seja, o meu subconsciente acrescentou por conta própria a palavra “bi” aos 3 pilares da vida da filosofia chinesa para leitura da sorte. Acho que inconscientemente ando refletindo sobre a beleza, sob o ponto de visto da estética do corpo e sobre o belo, sob o ponto de vista artístico. Sobre a beleza ando, de fato, preocupada com anti ageing - anti-envelhecimento. Afinal, com os pés no meio centenário, tenho que me preocupar com as rugas, a musculatura do corpo que caiu e a consequente flacidez. Ainda bem que não tenho celulites e estrias nem barriga exagerada. Hehehe
Quanto a beleza artística a minha mente anda a mil pensando em criar uns trabalhos bonitos mas nada que tenha colocado em prática ainda.
O importante é que a última palavra foi “bi”, pois se fosse uns meses atrás, com certeza seria “shoku” de trabalho (職)... hehehe
Você acredita em “sorte”? Faz consultas com sortista de alguma espécie (tarô, baralho, I Ching, espiritismo, etc.)? Sabe, até pouco tempo, quando ainda não era coach sempre fazia minhas consultas com os sortistas. Hoje, não sinto falta porque acho que aprendi a buscar respostas para as minhas dúvidas ou quando preciso tomar uma decisão importante, sem depender de previsões. Sempre que estou indecisa a resposta vem de alguma forma: insight, sonho, intuição, alguma amiga me dá um toque ou faço uma sessão, duas ou três de self coaching.
O coaching é mesmo formidável para extrair essas coisas que estão dentro do coração!
(20/fev/07)

Tudo de novo!

Estou passando por mais uma fase importante na vida. Qualquer pessoa em dia com sua sanidade deixaria o emprego numa empresa estável e que paga um bom salário? Me acho uma pessoa sã mas eu o faço.
Quero me projetar para buscar minhas crendices, minha verdade como pessoa e como profissional. Sem poupança vou me arriscar de novo. Faço isso desde que me conheço como profissional. Tento e tento. Um dia acertarei! Esta crença é que move, me motiva.
Vou deixando pra trás boas e más lembranças durante a minha estada na empresa onde trabalhei. Mas, como sempre acontece, em breve só me lembrarei das coisas boas. Porque não vale a pena ficar relembrando tristezas do passado. Ainda mais de umas colegas do sexo feminino (sempre competindo, mesmo que eu não esteja), que considero umas indigentes mentais e espirituais. Sempre vou encontrar gente como elas pela frente e tenho um dó... Sim, é preciso ter compaixão por essas indigentes que precisam roubar a luz alheia para sobreviver.
Tanto no plano físico quanto no espiritual encontramos almas como elas.
Por outro lado, se imaginarmos um gráfico essas são sempre parte de minoria. Isto significa que a grande maioria dos nossos encontros é com pessoas bacanas, motivantes, interessantes e cheias de luz própria!
Bem, como vou trabalhar com GENTE agradeço pelas experiências que adquiri ao longo de décadas de caminhada em cada uma dessas empresas onde trabalhei, ou melhor, que me empregaram. Ainda quero continuar acreditando que o ser humano é belo.
Assim, vou (re)começar!!!!!
(em dez/2006)

Perdao... e possivel?

Gostaria muito de ser alegre e feliz o tempo todo. Isso nem sempre é possível pois mesmo que me levante feliz, no decorrer do dia vão acontecendo coisas que me deixam mau humorada, depois vejo as nuvens e fico bem de novo, depois vem uma cacetada de trabalho, daí olho para as montanhas e fico bem de novo... assim, passo o dia como se fosse um gráfico financeiro com altas e baixas.
O que nem sempre as pessoas conseguem perceber é que tipo de energia elas passam ao falar com outras. Tenho uma conhecida que simplesmente consegue derramar suas frustrações de coroa sem auto estima para a primeira pessoa que aparece na sua frente. Eu me irrito muito com isso. Já fui sincera com ela. Daí ela se rebela, grita e esperneia. Difícil encontrar um procedimento para lidar com uma pessoa como ela. Só citei um exemplo dessa conhecida para passar duas mensagens:
-A primeira é a que sabendo que é uma frustrada não deveria me deixar contagiar e procurar praticar a compreensão e paciência com pessoas como ela.
-A segunda é que tenho que erguer as mãos para os céus e agradecer. Porque? Para que esse tipo de atitude sirva de exemplo para que eu nunca faça o mesmo e para que desenvolva o meu lado mais humano.
Sei que nem sempre é fácil aguentar. Tenho uma amiga que diz que gente com este tipo de problema é chamada de “mala sem alça e sem rodinhas”...

Saudades da alma gemea

Acendo uma vela e oro para que Doni (assim chamava Donizetti Adalto dos Santos) esteja no seu caminho de luz e paz. Ele se foi no dia 19 de setembro de 1998.
Para explicar, Doni foi uma pessoa muito especial na minha vida. Tínhamos a mesma idade (ele era apenas 1 semana mais velho do que eu) e creio que éramos almas gêmeas. Quando nos conhecemos nesta vida parece que já nos conhecíamos de outras e outras vidas. Foi um reencontro quando ambos tínhamos 19 anos. Eu sabia exatamente o que se passava com ele mesmo não estando junto. Eu sabia que quando ele estava cansado queria meu colo. Era inteligente, sensível, queria mudar o mundo sozinho. Nada temia. Talvez por isso sua vida tenha sido tão breve. Mesmo vindo de uma família simples e humilde conseguiu ser jornalista e repórter de nível nacional. Queria justiça. Não tinha medo de nada: das enchentes, da guerrilha entre fazendeiros e sem-terra, dos sequestradores de bebês, dos mandantes de crimes hediondos ou de coronéis.
Apesar de uma imagem de lutador e forte era frágil e sensível.
Poucos sabiam disso.
A 15 dias da eleição que lhe daria o direito de ser deputado estadual foi assassinado friamente. Isso foi no Nordeste, em Teresina-Piauí.
Simplesmente cruel.
Eu postei uma foto de por-do-sol porque num final de tarde de alguns anos atrás, vendo um bem vermelho, tive a impressão que ele estava ali. Parei o carro no meio do arrozal e consegui me despedir dele, de verdade. Depois disso a minha depressão passou e eu voltei a viver a minha vida sem me remoer na dor.
O convívio dessas almas gêmeas, cujo amor transcendia a esfera física, ficou transferido para outra vida. E, espero que da próxima vez, eu não seja egocêntrica para viver plenamente o que deveria ser feito. Eu, na minha liberdade egoísta, vim ao Japão e nos separamos fisicamente. Pensava que o encontraria feliz em 99, trabalhando no legislativo em prol do seu povo. Jamais imaginei que nossos encontros seriam transferidos para outras datas. Enxugo minhas lágrimas de arrependimento.
Ao mesmo tempo, agradeço pelo nosso reencontro, pois quantas pessoas querem se encontrar com sua alma gêmea ou até se encontram e nem percebem?
A nossa convivência foi breve mas intensa.
Para você que está lendo, jamais deixe pra depois o que pode fazer agora. Pois o agora não espera. Principalmente o reencontro de almas gêmeas.

Saudades da manicure que vinha em casa...

Escolhi esta fonte “American Typewriter” porque me remete aos tempos em que me sentava em frente a máquina de datilografia (essa é velha hein!) para datilografar (ninguém mais usa este termo hehehe) no trabalho, redigir trabalhos escolares e escrever meus poemas que já foram pro lixo. Mas, também adorava ouvir o som dos teclados na sala de redação da emissora de TV que eu trabalhava. Ia prá lá e ficava vendo aquele monte de repórteres e redatores concentradíssimos no meio daquela barulheira.
Hoje não consigo nem imaginar como conseguia datilograr naquelas máquinas pesadas. Mesmo depois que ganhei uma elétrica... Mas não pense que usava unhas curtas por causa disso. Elas sempre foram compridas e sempe amei ter as unhas bem cuidadas. É claro que no Brasil eu tinha o luxo de ter uma manicure-pedicure que vinha em casa toda semana pra manter as minhas mãos e pés bem bonitos.
Hoje, mais ainda, com o teclado levíssimo, me dou ao luxo de manter minhas unhas compridas. Só que depois que vim ao Japão, eu mesma tenho que fazer a manicure e o pedicure... que falta me faz a Josi!
Bons tempos!
Saudades.

domingo, 16 de setembro de 2007

Assistentes do lar no Japao?

Sim!
Pode?!
Hoje tive o prazer de ter dois anjos do lar no meu apê!
Esses anjos em forma de mulheres caprichosas deixaram o meu espaço brilhando e cheirosinho!
É um luxo que acrecito ter direito, em especial quando a gente tá cansada e não tá a fim de fazer nada!
Daí, com o ambiente limpíssimo, brilhando e organizado dá até vontade de começar a fazer, agir.... É incrível!
Sempre digo que a minha morada é meu templo!
E templo tem que estar limpo, arrumado, organizado.
Recomendo Os Anjos do Lar!!!!
Agradeço a Luzia e Letícia, essas fadinhas da limpeza!

sábado, 8 de setembro de 2007

Leve, muito leve!


Gente, hoje foi um dia de grande sorte, de encontros maravilhosos e reforcei a teoria de que nada acontece por acaso!
Marquei horário com Mari, uma profissional de healing e estética completa, como missão de trabalho.
Depois da entrevista ela me aplicou uma sessão de massagem que me tirou uns 100 Kg de peso que carregava nas costas e, por causa disso, passei semanas com dor de cabeça.
O alívio foi imediato!!! Isso porque ainda não fiz nenhuma sessão de meditação. Imagine quando eu a fizer!
A Marie é uma profissional que transborda amor, positivismo e contínuo aprendizado.
Eu a recomendo!!!! Você vai se sentir mais leve, mais positivo, vai melhorar sua auto-estima e tudo mais.
Agora, sugiro: preste atenção as palavras que ela vai soltando pois, sensitiva, capta o que está no nosso inconsciente e subconsciente.
Valeu a pena!!!!
Obrigada Mari!!!!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Amigos

Há pouco passei por uma sessão de terapia do professor Nagai que está em turnê pelo Japão, depois de ter assistido a um work shop seu. Eu queria descobrir e desbloquear minhas fobias por água e altura, mas confesso que não consegui. Depois de um bom tempo em estado alfa, ele me chamou de volta e me disse que estou com o chakra da emoção totalmente fechado.
De fato, venho me percebendo muito racional nos últimos anos.
Ele sugeriu que eu caminhe descalça na terra, areia ou grama, que fique mais contato com a natureza e evite álcool, cigarro e carne vermelha.
Na verdade tudo o que sei e não coloco em prática.
Voltei de Komaki para Nagoya dirigindo e vim pensando que quero abrir esse chakra, SIM.
Daí, cheguei em casa, preparei um bacalhau com bastante batata e legumes e fiz um arroz bem gostoso.
Só pelo fato de comer uma comida caseira, feita com amor, já me fez bem.
Fui conferir os meus e-mail e acabei me emocionando ao ponto de chorar muito.
Era de um cara que no passado estendi a mão porque tinha talento, mas sem nenhuma pretensão. Ele foi-se embora e esses dias atrás pensei muito nele, querendo saber como está, se continua fazendo música... Pois bem, ele me encontrou por causa da minha coluna e disse que se sentia com uma dívida comigo: a de agradecer pelo que fiz naquela época. Ele tocou o meu coração porque fiz sem nunca esperar nada em troca. Ainda bem que há pessoas que têm carinho e consideração, passando uma energia muito boa. Vou escrever para ele e vou querer conhecer a família que ele constitui depois que foi embora para o Brasil. É muito gostoso saber que temos amigos! Velhos ou novos, não importa: amigos são amigos!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Vai pra cama comigo

Como a maioria da população japonesa vivo num apê confortável mas pequeno. Tem apenas 1 quarto quando eu queria um de 2 quartos para fazer dum deles a minha biblioteca. Mas, enfim, como não tenho espaço para isso, já nem posso mais adquir mais livros pois não tenho onde guardá-los.
Aí, me inscrevi na biblioteca pública mais próxima da minha morada e tenho desfrutado de tudo o que tenho direito!
A cada duas semanas vou lá buscar de 3 a 5 livros.
Quero ficar arrumando mais tempo para ler!!!!
Como é bom, como é gostoso, como eu adoro!
Daí, no último domingo uma amiga me mandou 4 livros emprestados.
E, todos os que eu queria ler já há algum tempo.
Acho que o Universo providenciou isso porque ela me ligou na semana passada perguntando se eu queria lê-los.
"Claro!", respondi mais do que depressa.
E agora eles estão em minhas mãos!
Um já vai para a cama comigo. kkkkkkkkkk
É a tal estória - antes com um bom livro do que mal acompanhada.

Atendendo a pedidos

Alguns leitores me pediram um blog.
Então, decidi aceitar essas doces palavras e ter mais um espaço para escrever.
Aqui quero compartilhar aprendizados diários, experiências e procurar transmitir palavras que o faça feliz!

Um abraço no seu coração!!!!