sábado, 10 de novembro de 2007

Revoltada com os japoneses!

Hoje estive num simpósio sobre o processo multicultural em Suzuka-Mie. Os 4 painelistas se empenharam em passar suas experiências e idéias. Um deles, da Mitsui Bussan, falou da amizade de 70 anos com o Brasil e das consequências (e resposnabilidade) de efetuar doações para iniciativas como escola para brasileiros ou NPOs.
Uma painelista contou de sua experiência em relação a educação de seu filho quando morou no Canadá e comparou tudo com o Japão. Reacionária, disse que como alguns países da Europa o Japão não deve cometer o mesmo erro em relação ao trabalhadores imigrantes. Disse que o Japão precisa selecionar quem vai colocar aqui pra dentro. Finalizou dizendo que melhor do que uma mão-de-obra cujo perfil educacional não satisfaz o país é conveniente que se substitua por robôs.
Depois falou uma brasileira contando de sua experiência em alugar apartamento, das regras locais e suas sugestões para melhorar a convivência entre estrangeiros e japoneses, como contratar intérepretes em português nos guichês de aluguel de imóveis pela prefeitura ou governo.
Por último falou um deputado da direita sobre os vários pontos de vista que existem em relação ao nikkei brasileiro. Político é igual, seja no Brasil ou no Japão. É pura vaselina.
Aí um infeliz dum senhor de 50 a 60 anos se manifestou dizendo que vem aguentando os brasileiros por terem sangue japonês nas veias, mas não querem se tornar japoneses. Como o tempo estava esgotado, a discussão parou por ai. Mas eu não me aguentei e fui falar ccom ele pra tentar explicar alguns pontos importantes como as empreiteiras e o fato de os japoneses que moram no Brasil nunca terem aprendido o português. O cara foi tão ignorante que começou a falar em voz alta e disse que se não virássemos japoneses não tinha conversa. Que era melhor todos irmos embora deste país.
Que decepcionante!!!!
Ainda existem caquéticos como esse infeliz.
Por isso o Japão ainda não consegue se relacionar com os estrangeiros, muito menos recebê-los. Mal sabe esse infeliz que somos trabalhadores convidados aqui.
Mas estou vendo que a mão-de-obra brasuca é produto descartável.
Estou magoada com este país.

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