sábado, 31 de maio de 2008

Estresse coletivo



O Brasil é lindo, é alegre, é gostoso...
Mas peca na falta de segurança. Existe por aqui um estresse coletivo ou medo coletivo gerado por essa insegurança.
Nos bairros residenciais é comum ver placas indicando corrente elétrica.
É comum abrir a janela de uma casa e ver o por-de-sol desse jeito: por trás das grades.
Mesmo que a pessoa viva num condomínio, seja vertical ou horizontal, corre riscos altos.
Que pena... Quando teremos um país civilizado para nossas crianças e idosos?
Ainda espero ver um país assim, acredita?
Sim, tenho esperança!

Seu voto por Iguaçu vale muito!


Em 7 de julho de 2.007 aconteceu em Lisboa um encontro para selecionar lugares lindos do Planeta a fim de serem colocados em votação para escolher as novas SETE MARAVILHAS DO MUNDO!
O Brasil está sendo representado por Pantanal, Rio Amazonas e Cataratas do Iguaçu.
E eu, particularmente, estou em campanha pelas Cataratas do Iguaçu pois elas são excepcionalmente belas, não só pela força energética das águas, mas também pela riqueza da flora e fauna presentes (e bem mantidas) no local.
Conto com você para que dê seu voto! Vamos contribuir para que ela suba do 26o. lugar no ranking mundial para o 5o, 3o, e quem sabe, o primeiro!
Basta clicar no link abaixo e tem mais: ele tem 8 idiomas como opção, por isso, convide seu amigo estrangeiro a votar também.
http://www.votenascataratas.com/home_pt.html
Obrigada pela sua participação!!!!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ela estava pré-destinada!



Cada vez mais acredito na lei da atração!
Vou contar uma estorinha real pra você.
Na semana passada minha irmã e eu fomos a 3 pet shops. Fomos ver cãezinhos, passarinhos e coelhinhos. Eu queria um cachorro bem bacana mas minha mãe estava irredutível a respeito. Ela não queria e ponto final. Então, minha irmã e eu achamos que se fossem passarinhos ou coelhinhos ela não iria se irritar. Olhamos, olhamos e olhamos encantadas com todos aqueles bichinhos muito fofos. Quase trouxemos os coelhinhos. Mas, na última hora achamos melhor esperar por outra oportunidade.
Bem, no domingo logo cedo uma senhora tocou a campainha. Ela estava acompanhada de um cão que mais parecia um urso de pelúcia.
Ela alegou que estava de mudança para um apartamento e queria encontrar uma casa que cuidasse bem de seus 8 cães. E, para a nossa casa veio a Priscila (a cachorrinha). Fiquei encantada.
Foi amor à primeira vista! Ela logo se jogou em mim e não tive dúvidas. Convenci a minha mãe!!!
Ah! Que alegria!!!
Saí para comprar ração num supermercado próximo para alimentar minha "filhota".
À tarde, quando minhas sobrinhas chegaram se encantaram com a minha adotiva.
A Pri é dócil, manhosa e dengosinha. Ela é uma grande companheira fofíssima.
Estou super feliz com a minha nova companhia!
Pois é. Eu queria um cãozinho e o atraí. Pois a Pri bateu à minha porta! Isso é lei da atração!
E você, tem atraído o que deseja e quer de verdade?

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Adotei uma princesinha

Hoje aconteceu uma coisa fantástica!
Uma princesinha veio para mim. O nome dela é Priscila.
Adotei!
Adorei!
Ainda não tenho foto mas assim que tirar uma vou apresentá-la a você.

Alta tensão

Estou impressionada com a alegria e a fé do meu povo.
Confesso que isso estava bem adormecido dentro de mim. Quase não me lembrava disso, ou melhor, não praticava.
São características maravilhosas do brasileiro.
Mas, ainda isso me assuta. Hoje, por exemplo, vieram as minhas 3 irmãs com seus respectivos maridos e filhos. Depois chegaram um casal de amigos com 2 crianças. A casa da minha mãe virou uma muvuka. Mas ninguém tava nem aí. Só eu que estava sem lugar pra ficar, meia assustada com tanta energia. Eles todos estão ligados na tomada de 220V. Só pode ser isso! Ou, eu é que ainda não sei lidar com isso.
Que isso é bom demais ninguém duvida, nem eu.
Mas preciso de um tempinho para me acostumar. Na verdade, tirar as amarras que fui colocando em mim mesma durante todos esses anos no país do sol nascente.

Veranico

Gente, quando saí do Brasil há 18 anos não tinha esse tal de veranico.
Fiquei assustada mas confesso que acabei curtindo esse calor em pleno outono! Porém, o céu azul límpido, sol de verão durante o dia, tem o outro lado: a umidade chegou a 25%! Não há vias aéreas e pele que resista a essa secura! Sem falar nos incêndios e queimadas...
Bem, você que mora aí no Japão, saiba: não é nada bacana passar o dia com 25% a 35% de umidade.

Sem despedida...

Eu não de despedi de ninguém. Poderia ter feito isso direitinho como manda o figurino.
Sem querer me justificar, a minha volta já estava prevista mas não tinha data definida. Aconteceram algumas coisas que não posso revelar agora que me incentivaram a voltar antes do previsto. Assim sendo fechei minhas malas na véspera do embarque e não pude me despedir de ninguém.
Em termos de etiqueta faltei com você e com todos.
Por outro lado me poupei de sofrer, de chorar, de me desmanchar. Por que isso iria acontecer. Seria difícil me conter.
Saí do Japão como se em breve voltasse para dizer "oi! tô aqui de novo!" para as pessoas que me são queridas.
O importante é que cada uma delas mora no meu coração e que em breve vamos nos ver.
Me desculpe se não disse sequer um tchau e um "obrigadíssima".

domingo, 4 de maio de 2008

Sensação de perda...


Não está sendo fácil encarar que estou indo embora. Por outro lado, a Jornada Centenária, está amenizando essa dor da partida. O Mahoe me deu este presente! Se não fosse isso, acho que estaria chorando o tempo todo. Cada amiga e cada amigo que vem falar comigo me desmorona. Choro, sem vergonha mesmo! Como num filme vejo imagens passando pela minha cabeça, numa velocidade permitida somente aos pensamentos. Não são somente os quase 18 anos de Japão, essa quantidade, mas a qualidade dos relacionamentos que fiz por aqui. Sem falar nas manifestações de carinho que tenho recebido todos os dias. São palavras meigas, doces, motivadoras e cheias de gratidão que me emocionam. E elas vêm de pessoas que não esperava...
Inclusive, por parte da empresa onde trabalhei. A equipe da Alternativa me preparou um jantar de despedida, com presentes e mais presentes, que me emocionei e não encontrei as palavras certas para me expressar. O que posso afirmar é um clichê, mas tão verdadeiro: "como é bom ter amigos"! Eles são meus tesouros e vou levar para o resto desta vida e, quem sabe, de outras.

O que é acompanhar uma aventura


Fui convidada pelo Mahoe a acompanhar a Jornada Centenária, exatamente há 2 meses da partida. Em 27 de fevereiro o curso do meu destino mudou pois aceitei acompanhá-lo como membro do suporte por terra. Nessa época Mahoe contava comigo e com um amigo japonês, o Takahashi. Iríamos fazer o trecho japonês em 3 pessoas e, o restante das dezenas de países, com outros companheiros. Mas, com o Captain Takano integrando a equipe houve mudanças nas rotas e na equipe. A Jornada Centenária passou a ser um projeto seguro, dividido em etapas e, nessa primeira, ficou combinado de fazer o Japão e o Brasil, os dois países que têm tudo a ver com o Centenário da Imigração. Mahoe me surpreendeu com a capacidade de aceitar as mudanças rapidamente. Eu também acompanhei tudo.
Os dias foram se aproximando e eu estava também empacotando minha mudança para o Brasil, simultâneamente.
Com o tempo, durante as conversas com o Captain Takano, através de reuniões pelo Skype, captei rapidamente o perfil dele. O Mahoe, mais transparente, mais exposto, foi mais fácil compreendê-lo.
Além de nós três, não tinha a menor idéia de quem era quem na equipe. Alguns deles, só conheci na véspera da largada. É claro, achei todos simpáticos, a primeira vista. O que me tranquilizou muito é que a enfermeira da equipe, Anzai, é uma pessoa muito doce. Mas estava preocupada com a equipe mista - brasileiros e japoneses, com culturas diferentes.
E, como pensava, houve divergências de opinião entre brasileiros e japoneses, nada que não pudesse ser contornado. Não chegou a ser um problema, mas me sentia o recheio do sanduíche, como sempre digo. Uma fatia de pão japonesa, recheio e outra fatia de pão brasileira. Aí ficava no meio das diferenças culturais... Confesso que não gosto dessa situação.
A maior preocupação está sempre na segurança de quem está realizando a aventura. Nesse caso, Mahoe e Takano. Graças a tecnologia, essa preocupação foi reduzida com os aparelhos de rádio amador, telefone celular com alcance em alto-mar e um mapa de navegação com GPS. Fantástico!
Outro fator de relevante importância foi a motivação dos dois. Sempre sorrindo, sempre prá cima, mesmo com todas as dores no corpo e com o cansaço natural, eles não deixavam transparecer nada nem faziam desabafos inoportunos. E eu, mesmo sabendo que Mahoe estava cansado no segundo dia, jamais faria um comentário para tocar nesse assunto. Acredito que isso dá brecha pro baixo astral. E isso era algo que quis evitar.
O que motiva a acompanhar uma aventura como essa é a performance dos participantes. Eles mostram espetáculos para nós da terra, do apoio. Aí eu ficava animada e curtia a aventura junto, sempre anotando tudo o que fosse possível.
Além de fotografar e escrever, eu fazia o que podia, com prazer.
Isso mesmo: prazer. É um ingrediente importantíssimo para uma aventura que não é sua - é de um amigo, de dois amigos.
No trabalho em equipe, confesso, não tive problemas, a não ser quando vieram me dizer que, de novo, o hotel não tinha conexão para internet. Quase tive um ataque de nervos!!!!!! Aghrrrr
Na minha cabeça é quase que inadmissível não ter ambiente de internet num país como o Japão, onde a banda larga é popular. Pois é, e encontrei lugar que não tem....
Fiquei irada.
Como tenho um blog chamado "na cola do mahoe", ficava com isso me martelando a cabeça. "Como vou fazer a atualização do blog?", era só que me vinha a cabeça. "Não posso deixar os leitores na mão", assim pensava o tempo todo.
Trabalhar e interagir com uns japoneses cabeça como Takeya e Iwamori foi muitíssimo bom. Eles são homens do mar, desencanados mas focados na responsabilidade das atribuições, autênticos, com a auto-estima bem resolvida e, por isso mesmo, lindos! Fiquei apaixonada por esses dois!!!! Conviver quatro dias com eles resultou numa grande lição de companheirismo e liderança, pois Takeya era o líder do grupo. Esse homem tem uma vivência tão rica que adquiriu uma compreensão humana tão grandiosa! Para realizar um trabalho em equipe é preciso compreender e aceitar cada um da equipe, pois isso também é recíproco. E, no meu caso, em particular, preciso respeitar o líder, preciso confiar nele. Foi o que aconteceu em relação ao líder da equipe. Ainda bem!
Tirando o meu mau-humor em relação a internet, acompanhar a aventura foi uma experiência maravilhosa. Só tenho palavras de gratidão ao Mahoe por ter me convidado! Encaro isso como um ensaio para o que vamos vivenciar no Brasil e, quem sabe, nos demais roteiros.
Estou motivada e espero poder continuar assim pois conviver com o Mahoe é light. Sem estresse. Acho que vamos continuar nos dando bem como companheiros de viagem, sim!