quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Gostosa saudade




A primeira vez que ouvi a palavra "banzo", ainda no Brasil, sabia do seu significado mas nunca imaginaria que algum dia fosse sentir essa saudade tão doída na alma.
Com o tempo eu aprendi a anestesiar esse sentimento pra me poupar. Mas tem frações de momentos em que me flagro com o espírito lá no Brasil, mais precisamente, na casa da minha mãe. Tenho duas sobrinhas gêmeas que ainda não me conhecem pessoalmente. Eu só falei com uma delas por telefone (claro que com a mais tagarela). Por incrível que pareça sinto saudades delas. Como? Não dá pra explicar em palavras. São duas garotinhas que amo de paixão mas ainda nunca peguei no colo, nem nunca dei comida, nem um beijo... Mas tenho saudades.
Claro, tenho saudades de toda minha família e de meus amigos mas, especialmente, dos meus sobrinhos. O maior já está no segundo grau. Quando fui ao Brasil pela primeira vez minha irmã estava grávida dele. Na segunda vez ele tinha 1 ano e meio ou dois. Era meu companheirinho de shopping e dos dias gostosos que passei lá. E hoje é quase um adulto. É capaz dele ir me buscar no aeroporto dirigindo seu próprio carro se me demorar a ir pra lá. rs
Passados muitos anos por aqui aprendi a transformar a saudade em sentimento gostoso, de expectativa. Na era digital até a saudade é minimizada. Peço pras minhas irmãs me encherem de fotos das "crianças". Adoro recebê-las e fico curtindo os garotos pela minha telinha do meu iBook! E, assim, vou acompanhando o crescimento de cada um deles, apesar de saber que nada substitui o toque, o carinho, o estar presente de corpo e alma. Mas conquistei a transformação de algo que me fazia ficar triste por um sentimento de alegria a cada foto enviada por e-mail. Essas que postei são algumas delas.

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