sábado, 4 de abril de 2009

Ciência e religião dialogam

Desde quando ainda vivia no Japão o budismo sempre me incomodava - não como religião mas pela sua belíssima filosofia que passou de séculos em séculos, milênios em milênios. 
Praticada no oriente chegou ao ocidente depois que alguns artistas tomaram conhecimento sobre as práticas de meditação e começaram a divulgá-las ao mundo.
Como diz Osho, não se pratica o budismo, mas se vive o budismo. 
O que mais me atrai no budismo não são os rituais, as oferendas ou os cultos. É a serenidade que possuem os monges e monjas. Uma certa vez fui convidada para um culto budista organizado pela comunidade tibetana da região Tokai. Apesar de não entender um "a" do idioma desse povo, me sentei e fiquei observando as centenas de budistas praticantes e sua fé. 
Mas ei que uma monja, de cabelos raspados, com veste típica de cor bordô sobe ao palco e começa a cantar. Fiquei boquiaberta e emocionadíssima com a sua luz, fé e capacidade de tocar um coração ocidental. Quando me dei conta estava chorando, com o coração cheio de paz e amor, como se tivesse feito uma meditação profunda. Uma de suas músicas era um mantra muito conhecido por nós, ocidentais: "om mane padme hum". 

Se o budismo já me incomodava desde a adolescência, depois que conheci uma comunidade de Sri Lanka, budista e, depois que fui a essa cerimônia, a curiosidade aumentou mais ainda. Pesquisei em livros japoneses, mas as várias ramificações budistas existentes no Japão, com uma plasticidade própria daquela cultura não me encantaram. 
O budismo mais tradicional como o do Tibet, da Tailândia ou Sri Lanka falavam sempre mais alto, apesar de não compreender ainda os ensinamentos. Continuo estudando. 

Nessas buscas conheci as obras de Osho. E me amarrei no tarô zen - suas mensagens são sempre para despertar algo que existe dentro de nós ou da nossa consciência. 

Palavras sábias e de fácil compreensão de Dalai Lama também são fontes de aprendizado constante, de amadurecimento e de despertar. 
Eis que tomei conhecimento de uma obra espetacular - "Treine a Mente, Mude o Cérebro", escrito pela conceituadíssima jornalista Sharon Begley, numa linguagem gostosa, que prende o leitor. Ele relata com precisão sobre uma das reuniões realizada entre budistas e neurocientistas. 

A ciência reconhece as práticas da meditação para mudar o cérebro! E os budistas se colocaram à disposição dos cientistas para um debate franco e aberto com a finalidade de explicar sobre a essência sábia dos monges, passada de geração em geração, sem perdas e em silêncio. Ciência e religião de mãos dadas!!! Essas contribuições visíveis e outras sensíveis estão à disposição do grande público, numa linguagem muito acessível.

Você é dono do seu destino. 
Você pode mudar o seu cérebro através do treinamento da mente!
Budismo e neuroplastia "trabalham" juntos para acabar com doenças como depressão, tratar de feridas espirituais, compreender o perdão, o não julgamento, e entre outras mais - o encontro da felicidade. 
Mais informações no site Mind & Life Institute.

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